A evolução das certificações 80 Plus
Desde o ano de 2004, a certificação 80 Plus passou a ser um parâmetro para avaliar a eficiência energética das fontes de alimentação, com classificações iniciando em Bronze, e evoluindo para Prata, Ouro, Platina e por fim Titânio. Como referência, podemos mencionar a certificação 80 Plus Titânio, a qual até o momento representava a categoria mais elevada, exigindo uma eficiência de 96% quando a carga está em 50% com uma tensão de 230V. Essas certificações ajudaram consumidores e empresas a identificar fontes mais eficientes, contribuindo para a redução do consumo de energia e do impacto ambiental.
80 Plus Ruby: O novo patamar de eficiência
Em 2025, a CLEAResult, responsável pelo programa 80 Plus, anunciou a certificação 80 Plus Ruby, voltada principalmente para data centers e servidores de alta performance. Para obter essa certificação, uma fonte deve atingir 96,5% de eficiência a 50% de carga em tensões de 230V, 277V, 480V AC-DC ou 380V DC. Além disso, é necessário manter pelo menos 90% de eficiência em cargas de 5%, 10%, 20%, 50% e 100% da potência nominal.
Embora a diferença entre os 96% exigidos pelo selo Titanium e os 96,5% da certificação Ruby possa parecer pequena em termos percentuais, na prática esse avanço representa um salto técnico importante. Quando se trata de fontes utilizadas em larga escala — como em data centers —, ganhos de meio ponto percentual na eficiência energética significam uma redução expressiva no consumo de energia elétrica, no calor gerado e, consequentemente, nos custos com refrigeração. Isso indica que a Ruby vai além de uma simples evolução, sendo uma resposta às demandas crescentes por sustentabilidade e melhor desempenho na área de tecnologia avançada.
Comparando com outras certificações: Cybenetics e TecLab
Além do 80 Plus, existem outras certificações que avaliam a eficiência e desempenho das fontes de alimentação.
Cybenetics: Oferece duas certificações principais: ETA, que avalia a eficiência energética, e LAMBDA, que mede os níveis de ruído. A metodologia da Cybenetics é mais abrangente, considerando fatores como eficiência em standby, fator de potência e consumo em cargas leves. Essa certificação oferece uma visão mais precisa do funcionamento real das fontes.
TecLab: No Brasil, o TecLab realiza testes rigorosos em fontes de alimentação, avaliando aspectos como estabilidade, eficiência e qualidade dos componentes. Embora não seja uma certificação formal como o 80 Plus ou Cybenetics, os testes do TecLab são respeitados pela comunidade por sua profundidade e transparência.
O 80 Plus ainda é relevante?
Com a chegada de certificações mais rigorosas como as oferecidas pela Cybenetics e os testes detalhados realizados pelo TecLab, a dúvida que surge é: o 80 Plus ainda mantém sua relevância como padrão?
A resposta depende do contexto. Para consumidores comuns, o 80 Plus continua sendo uma ferramenta útil para identificar fontes eficientes. No entanto, para entusiastas e profissionais que buscam informações mais detalhadas sobre o desempenho das fontes, certificações como as da Cybenetics oferecem uma análise mais completa.
Em resumo, o 80 Plus ainda é relevante, especialmente com a introdução da certificação Ruby, que eleva os padrões de eficiência. Contudo, é importante considerar outras certificações e testes independentes para uma avaliação mais abrangente das fontes de alimentação disponíveis no mercado.
Aliás, caso você tenha interesse em inovações como o selo 80 Plus Ruby e queira se manter atualizado sobre as principais tendências e lançamentos no mundo do hardware, acesse o link e explore mais artigos sobre o assunto no nosso blog. Dessa forma, você estará sempre bem informado e apto a compreender o que realmente é significativo no cenário da tecnologia.
